quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Impulso

Demasiado temperamentais,
Sangue quente nos escalda,
o mal maior e a riqueza suprema,
torna nos imprevisíveis, incontroláveis,
esse é o auge da natureza humana.
Estados, exércitos
Corporações, empresas
querem nos fiáveis, disciplinados,
mecanizados, vazios...
um apito, formar
dois, marchar..
uma ordem produzir,
outra acelerar,
a terceira tarefas extra...
Quem trabalha sabe, protocolos, horários,
isto e aquilo, tudo pré definido
sem margem para a vida..
É o matar da natureza humana, o encarcerar, enjaular,
como a um leão num jardim zoológico..
o apagar da chama..
basta olhar nos olhos de qualquer individuo com que te cruzes,
e sabes logo o que essa pessoa é..
livre ou não, feliz ou não...
regularmente ou não...
não está no dinheiro ou saúde,
gestores e patrões,
políticos também coitados..
Esses aprisionam se a si mesmos,
automatizam se..
destroem se...

Aquele que é selvagem,
aquele que brilha,
o que não cede a euforia numa noite de festa,
mas que vive e respira pelos impulsos,
Esse é humano.

Os outros são maquinas.

2 comentários:

Pedro Abrantes disse...

No seguimento dos teus pensamentos…

Ser livre é ser feliz.

Hoje em dia todos falam em liberdade e de liberdade. São os jovens, os políticos, os críticos, as minorias… é uma palavra que parece mágica para resolver tudo ou para legitimar atitudes e opiniões. Estamos a viver no século da luz: não nos deixemos arrastar por ilusões, embora bem intencionadas! Raciocinemos imparcialmente, e nada aceitemos sem entender. Se não compreendemos alguma coisa, não a rejeitemos. Procuremos aprofundá-la pelo estudo. Não nos conformemos com a pior das escravidões, que é a escravidão mental. Nascemos para ser livres, e só o seremos quando raciocinarmos livremente.
Devemos estudar a nossa própria liberdade. De nada nos valerá o conhecimento de todas as ciências do mundo, de tudo o que está fora de nós, se não nos conhecermos a nós mesmos. Devemos conhecer-nos a nós mesmos, para vivermos uma vida consciente e feliz, isso sim é que é liberdade. A felicidade não depende dos outros, mas de nós mesmos.
Liberdade é saber viver os belos momentos da nossa vida. Saber viver os belos momentos da nossa vida sem perder tanto tempo em fúteis materialismos.
Certas pessoas acham que têm o direito de fazer tudo e então como é moderno drogam-se, fumam, bebem, aí deixam de ser livres, ficam dependentes do vício que a dita sociedade incentiva.
Também as modas sazonais do vestuário condicionam a liberdade de muita gente que aí investe uma boa parte dos seus rendimentos e do seu tempo, em vez de investirem no seu próprio interior para se tornarem pessoas melhores, que é o que realmente interessa.
Para mim… a liberdade é o desejo e necessidade de ser autónomo, não autómato! De pensar por mim e de tomar as minhas próprias decisões. É o desejo de ser diferente, de ser respeitado como sou, e o querer ser tratado como adulto válido.
A liberdade é sonhar com o amanhã vivendo o hoje com coragem e com alegria… ser livre é ser feliz!

Texto da minha autoria publicado no caderno de Filosofia da Escola Secundária de Albufeira, em Maio de 1998

Desambientado disse...

Olá Pedro.
Vim retribuir a visita e dizer-te que terei muito gosto em acrescentar o link deste blog.
Só tenho tempo para passear na blogosfera ao sábado e ao domingo e mesmo assim, reduzido. Isto para te dizer que teria muito gosto em ler o que escreve, pois tem excelente qualidade. Excelentes poemas, pertinentes, perspicazes.

Bom fim de semana.