segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Estranho

Simples prazeres...
pela manha acordo,
levanto me.. dispo me.. lentamente
(caso aja algo para despir =p),
ao ritmo do despertar,
(tenho a vantagem de só acordar após a saida do resto da malta)
enrolo a toalha de banho a cintura,
desloco me para o duche, entro,
tempero a agua,
primeiro quente,
e gradualmente ao longo do banho,
elevo a temperatura,
fervendo... a alma,
limpando as impurezas.
Apos o ritual,
prossigo com a rotina,
ao escolher o transporte opto, pelo 718,
é directo mas leva o triplo do tempo,
do que se apanhasse o 2 ate ao rossio e ai usasse o metro,
mas esse tempo é empregue de outro modo,
ao ritmo do para arranca,
reflicto,
respiro os ares do novo dia,
longe da claustrofobia do tube,
observo,
as pessoas, tão diferentes...
A velha típica, que fala mal de algum preto,
e apercebe se então,
que tem uns quantos ao seu lado,
e de forma atrapalha,
diz que o feitio não é da raça,
mas que vai na pessoa...
nem sabe como se enterra...
ou a rapariga vulgar,
provavelmente universitária,
com livros no colo,
que durante todo o trajecto,
faz de conta estar a estudar ou estar a ver a paisagem...
tento entrar na mente de cada uma das personagens estereótipos e singulares que se me confrontam...
certas vezes deparo me com pessoas,
que me observam,
olhos em cima de mim,
talvez fazendo o mesmo que eu,
devolvo o olhar,
90% das vezes desviam a vista,
nas restantes inicia se o confronto,
mas ai já tem uma derrota a espera,
quando eu decido entrar,
e porque os olhos são a porta da alma,
é melhor,
que me rejeitem anulando o contacto,
porque durante o período,
em que existe ligação,
eu deixo de ver, passo a sentir,
de forma instintiva,
sei o que tipo de emoção,
a outra pessoa esta a ter,
as vezes assusto me,
e outras pergunto me qual sera o dia,
em que recebo uma chapada ou um murro,
espero que venha longe...
ISEL
Banalidades diárias,
Agonia mental,
REGRESSO
Desta venho pelo mais curto,
a noite é agradável passar pelo rossio,
as luzes,
a musica de rua ocasional,
agora as iluminações de natal,
vida...


vida que eu não vivo
sou gelo
sou pedra
sou sanguessuga de emoções,
porque só pelas minhas,
seria mais palido que um morto vivo...

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